No cenário dinâmico da advocacia contemporânea, a busca por uma presença sólida e eficaz no mercado tornou-se fundamental para os profissionais do direito. Diante da concorrência acirrada, o marketing jurídico emerge como uma ferramenta poderosa para destacar-se e atrair clientes qualificados. Contudo, é preciso saber como fazer Marketing Jurídico sem violar o Código da OAB.
No entanto, esse processo não está isento de desafios, especialmente no que diz respeito às regulamentações éticas estabelecidas pelo Código de Ética da OAB. Neste artigo, exploraremos estratégias e práticas para conduzir um marketing jurídico eficiente e ético, respeitando integralmente as diretrizes estabelecidas pela Ordem dos Advogados do Brasil.
É permitido o marketing jurídico?
Durante muito tempo, as pessoas acreditavam que a OAB proibia a publicidade dos escritórios de advocacia. Embora se considerem os serviços dos advogados como um bem de consumo, a advocacia não é uma atividade “varejista”, e, portanto, sua divulgação não deve ter traços mercantilistas.
A Ordem proíbe expressões incentivem à compra. Atualmente, o Estatuto da Advocacia, o Código de Ética e Disciplina da OAB e o Provimento do CFOAB regulamentam a publicidade na advocacia.
Essas normas têm como objetivo preservar a sobriedade profissional, evitar a captação indevida de clientela e combater a mercantilização da advocacia. É fundamental conhecer essas regras para não cometer nenhuma infração disciplinar.
Ao compreender e seguir as regulamentações estabelecidas pela OAB, os advogados podem promover seus serviços de forma eficaz, destacando suas competências e diferenciais no mercado jurídico.
Dessa forma, o marketing jurídico torna-se uma aliada na construção de uma reputação sólida e na atração de clientes qualificados, contribuindo para o crescimento e sucesso dos escritórios de advocacia.
Que tipo de marketing o advogado pode fazer?
No contexto atual da advocacia, é essencial compreender as diretrizes que regem a comunicação e a presença digital dos advogados e escritórios de advocacia. Têm sido objeto de atenção e regulamentação pela OAB as normas que se relacionam à publicidade, conteúdo online e interação nas redes sociais.
Abaixo estão algumas orientações importantes para orientar a conduta ética e profissional nesse cenário digital em evolução.
- Ao criar e divulgar conteúdo, palestras e artigos, os profissionais devem priorizar o caráter informativo;
- Os advogados ou escritórios podem estar presentes nas redes sociais, desde que o conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do Provimento 205/2021. É fundamental que se evite a ostentação associada à profissão;
- Permite-se o patrocínio ou impulsionamento em redes sociais, desde que não envolva publicidade com oferta de serviços jurídicos;
- Permite-se a realização de transmissões ao vivo (lives) nas redes sociais e a publicação de vídeos em plataformas de vídeo, desde que o conteúdo esteja em conformidade com as normas do Código de Ética e Disciplina e do Provimento 205/2021;
- Os profissionais podem usar chatbots (robôs de auto resposta) para facilitar a comunicação ou melhorar a prestação de serviços jurídicos. Um site também pode ser uma ferramenta para esclarecer as dúvidas das dúvidas iniciais de clientes e compartilhar documentos e informações iniciais.
Todas essas medidas estão dentro das normas que advogados e escritórios de advocacia devem seguir, de acordo com a OAB. Portanto, é possível notar que existem diversas estratégias de como fazer Marketing Jurídico sem violar o Código da OAB. No entanto, é preciso que se fique atento quanto ao que é proibido.
O que não é permitido no marketing jurídico?
No marketing jurídico, há diversas restrições e regulamentações que os profissionais e escritórios devem observar. Essas diretrizes visam manter a integridade e a ética no setor, proibindo práticas como promoções mercantis, divulgação de lista de clientes e uso de anúncios ostensivos em plataformas de vídeo.
- Os profissionais e escritórios não podem realizar promoções mercantis, como ofertas, sorteios, frases persuasivas, promessas de ganhos financeiros, utilização da gratuidade como propósito de captação de clientes, oferecimento de brindes, entre outras práticas;
- É proibida que se divulgue lista de clientes como publicidade;
- Não se permite usar anúncios ostensivos em plataformas de vídeo;
- Não se pode enviar as cartas e comunicações (“mala direta”) , a menos que autorizado previamente. O conteúdo da comunicação jamais pode ter caráter mercantilista;
- Não se permite o uso de matérias compradas em veículos de comunicação para promover o nome do escritório ou advogado;
- Não se pode utilizar conteúdo que deprecie a advocacia, nem mesmo como forma de humor, como os “memes”.
Como funciona o marketing jurídico?
Como já comentado, o marketing jurídico desempenha um papel crucial na consolidação da reputação de advogados e escritórios de advocacia, mas precisa estar sempre em conformidade com o Código de Ética e Disciplina da OAB.
Esse tipo de ferramenta desempenha um papel crucial ao destacar diferenciais competitivos e atrair novos clientes, exigindo planejamento estratégico alinhado aos objetivos do escritório.
Aqui estão as principais etapas de como fazer Marketing Jurídico sem violar o Código da OAB e implementar uma estratégia de sucesso:
- Entender as regulamentações éticas;
- Definir o público-alvo;
- Criar conteúdo de qualidade;
- Estabelecer e manter um site e/ou blog jurídico profissional;
- Manter uma presença ativas em redes sociais que se alinham à sua imagem;
- Desenvolver uma estratégia de e-mail marketing.
Como é possível ver, um pouco de organização e planejamento dentro do escritório de advocacia é capaz de suprir as demandas do marketing jurídico. Basta investir em profissionais capacitados e alinhar as expectativas quanto aos resultados.
Como fazer marketing jurídico Digital?
Embora o marketing digital seja aplicável em diversos segmentos do mercado, os advogados e escritórios de advocacia enfrentam restrições específicas nesse campo. Diante disso, surge o marketing jurídico, um campo especializado que busca impulsionar profissionais e escritórios dentro das limitações éticas do setor.
O marketing jurídico digital adota estratégias online voltadas para promover o profissionalismo e respeitar as restrições éticas impostas pelo Código de Ética. Por meio dessas estratégias, é possível estabelecer relacionamentos com potenciais clientes, fortalecer laços, consolidar sua reputação e, consequentemente, aumentar a captação de contratos.
Além disso, é crucial ressaltar que o marketing jurídico possibilita que o escritório seja visível para um público mais amplo. Nessa abordagem, os potenciais clientes descobrem o escritório, ao contrário das ações de marketing tradicionais em que o escritório busca ativamente os clientes.
Por fim, ao contrário das estratégias de marketing convencionais, o marketing digital para advogados oferece a vantagem de ser mensurável, permitindo uma análise precisa dos resultados e identificação de áreas que requerem aprimoramento.
Como criar conteúdo jurídico?
Os escritórios e advogados autônomos reconhecem cada vez mais o compartilhamento de conteúdos em blogs e redes sociais como uma estratégia eficaz para atrair clientes mais qualificados, ou seja, pessoas mais propensas a fechar negócios. Nesse contexto, no marketing jurídico de conteúdo, o conhecimento é fundamental.
Para se diferenciar da concorrência, é crucial investir em conteúdo de qualidade e abordar os assuntos com profundidade, mantendo em mente que o cliente não é jurista e necessita de uma linguagem acessível.
Ao produzir conteúdo jurídico de qualidade, é essencial definir os objetivos da estratégia. O que você pretende alcançar com seu marketing jurídico de conteúdo? Além disso, a relevância é fundamental para que o marketing jurídico de conteúdo traga resultados.
Utilize seu conhecimento para educar seu cliente sobre o nicho de mercado, fornecendo informações úteis e importantes e demonstrando interesse genuíno em ajudar as pessoas. Para garantir a conformidade com o Código de Ética da OAB ao realizar atividades de marketing jurídico, é importante seguir as regulamentações éticas estabelecidas.
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