Muitos comparam a advocacia a um serviço público, dada a função social que a primeira cumpre. Acontece que, com o passar do tempo e o aumento dos profissionais, o medo da mercantilização da profissão aumentou consideravelmente.
Esse medo, aliado ao formalismo da profissão, priva a sociedade do conhecimento dos seus direitos.
Entretanto, o Direito não foi criado para isso.
O Direito foi criado para proteger as pessoas e garantir que os bens que lhe são mais preciosos sejam protegidos. Por isso a necessidade da informação chegar até o povo.
Erroneamente, para a maioria dos advogados, a grande dificuldade em lançar conteúdos informativos está na falsa ideia de que estarão cortando o vínculo com quem possa ser cliente, quando o caminho é exatamente o oposto.
A informação, estrategicamente pensada, gera um conceito de autoridade para quem a lança. Com o passar do tempo, essa autoridade fará com que as pessoas busquem aquele profissional, pois é ele quem detém o domínio sobre os direitos que aquelas pessoas viram serem desrespeitados.
Mas como informar sem um viés de captação ou mercantilização?
Existe uma metodologia dentro da área do Marketing intitulada de “Marketing de Conteúdo”. Essa metodologia propaga a informação útil, levantando a bandeira de que, não é preciso falar de si para que o cliente seja atingido. Aliás, quem convive com o ambiente versátil da internet, por exemplo, sabe que atualmente é quase um erro falar só de si mesmo, sem apresentar conteúdo rico. Sobre o marketing ético nas redes sociais, clique aqui para ler mais.
O grande marco do Marketing de Conteúdo é o Guia Michelin, que foi elaborado por volta de 1900. André Michelin, que era dono de uma fábrica de pneus, visionariamente criou um guia só com informações turísticas.
A ideia central era a de que as pessoas viajassem mais de carros para que, no futuro, a venda dos pneus aumentasse.
E o que ele conseguiu?
Ele educou o mercado e virou autoridade no produto que vendia.
Já na advocacia…
Retornando para a advocacia, o Marketing de Conteúdo é uma das respostas para mantermos o cunho social da profissão e, ao mesmo tempo, ser reconhecido pelos clientes como um profissional de alto valor.
Embora seja uma profissão clássica e que dificulte a inovação, muitos advogados já estão conseguindo se lançar no mercado como profissionais conceituados, somente pelo marketing de conteúdo.
A população precisa ter acesso aos seus direitos, e o advogado é o meio para tanto. Achar que informar a população é uma forma de mercantilização, nada mais é do que prejudicar o acesso à Justiça.