Ações de marketing para advocacia: 3 ideias para o seu escritório

Conhecer ações de marketing para advocacia é essencial para construir uma estratégia que visa promover os serviços advocatícios de um escritório ou advogado de forma ética e efetiva. 

Assim, elas devem englobar todas as ações de comunicação que um escritório pode realizar para divulgar seus serviços, atrair e fidelizar clientes, além de fortalecer a marca e a reputação do negócio.

Dessa forma, no contexto do mercado jurídico altamente competitivo, é fundamental que os escritórios de advocacia invistam em ações de marketing que os destaquem da concorrência. 

Nesse sentido, existem diversas ideias e estratégias que podem ser adotadas, como, principalmente, a produção de conteúdo relevante e de qualidade para a internet.

Neste artigo, vamos apresentar três ideias de ações de marketing para advocacia que podem impulsionar o seu escritório e ajudá-lo a atrair mais clientes de forma efetiva. Confira!

O que não pode no marketing jurídico?

Por muito tempo acreditou-se que os advogados não podiam investir em estratégias de marketing. Inclusive, esse entendimento é resguardado até hoje por muitas pessoas.

Entretanto, as ações de marketing para advocacia são permitidas.

Assim, deve-se apenas observar algumas regras pré-dispostas no Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (versão de 2015), e, mais especificamente, no Provimento 205/2021 do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB).

O Provimento 205/2021 explica de forma detalhada e abrangente tudo o que pode e o que não pode ser feito por advogados que desejam divulgar os seus serviços e atrair mais clientes.

Dessa forma, dentre os conceitos que traz, esse documento explica o termo “marketing jurídico”, e define que a propaganda de serviços advocatícios deve ser sóbria e meramente informativa.

Além disso, o Provimento ratifica a proibição do ato de mercantilizar a prática advocatícia, ou seja, a tentativa de captar clientes nos moldes comerciais, por exemplo.

Veja nos dois tópicos a seguir exemplos de práticas que podem e que não podem ser feitas durante ações de marketing para advocacia.

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1. O que não pode

  • Fazer anúncios pelo rádio ou televisão;
  • Utilizar o nome fantasia em anúncios;
  • Mencionar algum cargo, função pública, relação de emprego ou patrocínio exercido como forma de captar clientes;
  • Utilizar aspectos mercantilistas em anúncios;
  • Anunciar em outdoors ou semelhantes;
  • Utilizar símbolos, imagens ou outros materiais de mídia viva que não sejam condizentes que a prática jurídica;
  • Descrever horários de serviço, preços cobrados, detalhes sobre a estrutura do escritório e outras informações típicas da área comercial;
  • Fazer propaganda volante em automóveis e motocicletas;
  • Citar métodos de trabalho em entrevistas, palestras e conversas públicas;
  • Manter comportamento sensacionalista ou personalista;
  • Fazer a divulgação de demanda atual ou outros materiais relacionados;
  • Oferecer serviços de consultoria a órgãos de mídia ou semelhantes;
  • Fazer anúncios em espaços públicos, outdoors, totens, etc;
  • Veicular propagandas com dados de contato em locais impróprios;
  • Fazer panfletagem, serviço de mala direta ou outro semelhante;
  • Promover, mesmo que indiretamente, a captação de clientes;
  • Incentivar o litígio em propagandas;
  • Usar fotos pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas e materiais semelhantes.

Essas são apenas algumas das principais disposições contidas no Código de Ética da OAB e no Provimento 205/2021 a respeito do que é proibido no marketing jurídico.

Recomendamos a leitura desses documentos para um embasamento ainda mais completo sobre o assunto.

2. O que pode

  • Fazer anúncios discretos e sóbrios que visem apenas informar possíveis clientes (contudo, nada de cores chamativas ou expressões mercantilistas como \”ligue agora\”, \”fale conosco\”, etc);
  • Criar placas de anúncio com o nome completo do profissional e possíveis sócios, sempre acompanhados de números de inscrição na OAB. Também são permitidas expressões como “escritório de advocacia” ou “sociedade de advogados”, por exemplo;
  • Fazer participações em programas de televisão, rádio ou streaming para prestar informações, ilustrações e promover conteúdo educacional para a área jurídica (sem propósito de promoção pessoal ou profissional).

Aqui, repetimos a recomendação de leitura do novo Código de Ética da OAB e do Provimento 205/2021 emitido pela instituição. 

Como fazer o marketing jurídico?

Essas questões podem fazer o profissional jurídico se perguntar se vale a pena investir em marketing jurídico, contudo, a resposta é simples: sim!

Afinal, hoje em dia, os escritórios de advocacia que não buscam se destacar da concorrência são facilmente esquecidos pelo público.

Contudo, ressaltamos a importância de observar as regras que regem o marketing jurídico, das quais falamos anteriormente. Afinal, a não observância dessas disposições pode prejudicar grandemente o advogado, a depender da infração que ele venha a cometer.

O marketing jurídico é uma estratégia ética e eficiente que pode trazer resultados positivos para o negócio e fortalecer a marca e a reputação do seu escritório, desde que seja bem aplicado.

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Como divulgar serviços jurídicos?

Agora, para fechar a leitura com chave de ouro, confira os resumos explicativos de três ações de marketing para advocacia que podem literalmente fazer o seu escritório decolar.

Leia a seguir!

1. Invista no marketing de conteúdo

Como já dissemos antes, uma das premissas do marketing jurídico é disseminar informações de forma sóbria e condizente com a prática jurídica.

Nesse sentido, o chamado marketing de conteúdo, ou marketing orgânico, é a melhor estratégia que você pode usar em ações de marketing para advocacia realizadas na internet.

De antemão, já se destaca que essa estratégia se baseia totalmente na internet, que é o veículo principal para qualquer tipo de estratégia de marketing da atualidade.

Alguns dos multimeios do marketing de conteúdo que você pode utilizar, são:

  • Blog, para divulgação de artigos sobre assuntos jurídicos;
  • E-mail marketing, para envio de conteúdo informativo a quem desejar;
  • Podcasts para comentários sobre assuntos jurídicos (o tom deve seguir a linha informativa);
  • Vídeos para plataformas como YouTube e outras semelhantes (devem ter o mesmo propósito informativo).

Por fim, informamos que, durante a confecção de conteúdo para a internet, é importante utilizar boas práticas de SEO (Search Optimization Engine) e outras técnicas de otimização.

Para tanto, o advogado pode -e deve- contratar profissionais especializados em marketing de conteúdo.

2. Esteja presente nas redes sociais

As redes sociais são verdadeiras praças virtuais, lotadas 24h por dia, 7 dias por semana. E claro, você, advogado, deve se utilizar desse fato para implementar ações de marketing para advocacia.

Os advogados ou escritórios devem manter perfis nas principais redes, a saber: Instagram, LinkedIn e Facebook. Nelas, o tráfego de pessoas é muito maior.

Através desses perfis, os profissionais podem estabelecer uma boa imagem, fazer pré-atendimento de clientes, veicular conteúdos informativos, etc. Mas claro, sempre observando as pré-disposições éticas sobre marketing jurídico.

Ademais, também recomendamos a contratação de profissionais especializados na organização de publicações e informações contidas nos perfis, configuração de mecanismos dentro das plataformas, criação de artes, etc.

3. Direcione anúncios de tráfego pago

Por fim, queremos falar de uma ferramenta que pode ser muito útil em ações de marketing para advocacia: os mecanismos de tráfego pago.

Esses mecanismos, presentes nas redes sociais e no próprio Google, permitem, basicamente, a criação de anúncios que aparecem em páginas da internet e entre as publicações nas redes sociais.

Para isso, os usuários devem criar contas em serviços como Google Ads e Facebook Ads, escolher uma estratégia de divulgação, fazer o pagamento por ela e dar início.

As plataformas de tráfego pago permitem também que os anúncios sejam direcionados a um público-alvo específico, levando em consideração fatores como idade, gênero, localidade, etc.

Assim, advogados e escritórios de advocacia podem utilizar esses mecanismos para divulgar conteúdos informativos de forma mais precisa, aumentando a sua presença na internet de forma saudável e ética.

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